Responsabilidade social: um chamado

6 maio. 2022

Projeto Integrar, criado pelo empresário Luis Napoleão, promove a autonomia de adolescentes em situação de vulnerabilidade social

Por Thabata Martin

Longe da necessidade de marketizar, porém com a certeza da oportunidade de multiplicar uma nobre iniciativa, o empresário Luis Napoleão, CEO da Invescon, vem agregando valor aos seus espaços de fala para disseminar um projeto social que faz seus olhos brilharem. Iniciado há 03 anos , o Projeto Integrar, acolhe jovens que completaram 18 anos, recém-desligados de casas-lares, cuida hoje de nove adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Como o próprio nome sugere, Integrar refere-se a incorporar ou adaptar alguém a um grupo ou coletividade, formando um todo coerente. Pois foi exatamente com esse propósito que Napoleão decidiu, após se familiarizar com o Projeto Dindo, a desenvolver um trabalho de extrema complexidade, que é representar uma transformação completa na vida de jovens cidadãos ao longo de uma jornada com duração prevista de três anos.

Sob o comando de seu primogênito, Pedro Carias, o projeto disponibiliza um atendimento integral a esse grupo, que vai muito além da moradia e contempla estabilidade de vida através do desenvolvimento pessoal, intelectual e social. “O que buscamos fazer é único. Estamos aqui para ajuda-los a serem a melhor versão deles mesmos e isso não acontece do dia para noite”, afirma Pedro.

A quem se destina

Segundo a psicóloga Roseane Santos de Figueiredo Silva, gestora do Instituto Moradas do Tempo, responsável pelo desenvolvimento do Projeto Integrar, em sua grande maioria, esses jovens têm pai e mãe, mas tiveram seus direitos violados e foram destituídas do poder familiar. “Eles podem chegar aos abrigos com idades diferentes, mas, ao completar 18 anos, todas, obrigatoriamente, precisam ser desacolhidos por falta de verba específica para serem mantidos nas instituições”, conta a profissional.

“É raro esses jovens terem para onde ir. Grande parte dessas pessoas fica à mercê da sorte”, acrescenta Roseane. De acordo com ela, o Projeto Integrar se diferencia por focar na individualidade e no afeto. “Desenvolvemos um trabalho de acolhimento que faz toda a diferença para esse grupo. Nós três – Luis, Pedro e eu – dedicamos muito carinho, atenção e respeito a esses jovens. Cada um tem seu plano de metas e projetos pessoais. Mantenho uma agenda quinzenal com eles, mas, semanalmente estamos juntos, nas casas ou no escritório do projeto”, reforça.

Autonomia

Pedro Carias salienta que a missão do Projeto Integrar consiste em oferecer autonomia em todas as vertentes. “Trabalhamos o jovem como um todo. Temos parceria com algumas empresas e dessa forma conseguimos encaminhá-los para o mercado de trabalho e oferecer acompanhamento de médicos, psicólogos e dentistas, por exemplo. Aqueles que já terminaram o Ensino Médio sinalizam seu interesse profissional e são direcionados para faculdades particulares, também custeadas pelo projeto”, ressalta.

Indicados por casas-lares, os adolescentes ingressam no Projeto mediante disponibilidade de vaga e processo seletivo. “Não aceitamos a drogadição.azemos testes toxicológicos para garantir que estão em abstinência. Afinal de contas, um dos nossos maiores desafios é fazer com que eles não sejam encarados pela sociedade como fardos. Blindamos esses jovens para que eles possam se manter sozinhos e temos tido bons resultados. Um dos meninos indicados para estar no projeto encontrou no jiu-jitsu a força necessária para sair desse cenário perturbador e hoje desenvolve suas habilidades e reescreve uma nova história graças ao Integrar. Em paralelo, uma das meninas cursa a Faculdade de Marketing custeada pela empresa que a efetivou do estágio”, garante Roseane.

Como apoiar e disseminar o projeto

O projeto mantém duas casas, sendo uma em Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba (RMC) e outra no bairro Pilarzinho. Além da opção de ajudar mensalmente com doações a partir de R$ 10,00, o Projeto Integrar investe na criação de campanhas para concretizar pequenas metas. “Nelas conseguimos contar um pouco sobre os planos de cada jovem, como o desejo de conquistar a carteira de motorista, por exemplo. De forma geral, essas conquistas são muito importantes para todos os jovens, mas para eles representa um empoderamento muito grande porque é algo que até então eles não vislumbravam”, justifica a psicóloga.

Segundo Pedro, quem não puder ajudar com dinheiro, pode ajudar com mentorias ou, ainda, com a divulgação dessa iniciativa. Quanto mais pessoas forem sensibilizadas por esse projeto, mais jovens serão impactados por essa oportunidade”, conclui.

Para mais informações sobre o Projeto Integrar acesse:

https://www.moradasdotempo.org.br/como-ajudar/ . Siga também o Instagram @moradasdotempo

Legenda foto: registro de um dos momentos marcantes do Projeto Integrar, a confraternização em que os jovens entregaram uma placa de agradecimento ao empresário Luis Napoleão.

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